Um 11 de janeiro diferente.

Tudo começou no dia chuvoso de 11 janeiro de 2009. Sem porque e nem pra que, começou, simples assim. O que era pra ser uma simples descoberta acabou virando a minha razão de viver. Eu, você, a chuva, o primeiro beijo, o primeiro contato. Não posso dizer que nosso amor foi a primeira vista, porque sabemos que não foi. Mas, eu posso afirmar, com toda certeza, que esse amor nasceu no primeiro beijo. Eu sentia uma vontade imensa de estar ao seu lado, de ouvir seus conselhos, de sentir sua presença. Porém, eu não sabia que era amor. Podia ser necessidade, carência. Não era. O tempo foi passando e a cada dia, em mim, esse amor foi fincando suas raízes e não quis ir embora. Mesmo depois de mais de um ano, sem sequer nos falarmos, ele ficou aqui. Guardado, trancado, escondido, mas nunca deixou de estar aqui. Eu esperava ansiosamente, todos os anos, a chegada de janeiro. Era o melhor mês. Aquele dia, aquela chuva de sempre, você, eu, nosso beijo. Não era mais o primeiro, mas era tão intenso quanto ele. Aliás, todos nossos beijos são intensos. Tem algo neles, que eu não sei descrever. Não sei se por um acaso ou por ironia do destino, esse ano, nosso 11 dia de janeiro foi diferente. Não tinha chuva. O sol ardia e eu saí pra trabalhar de óculos de sol. Depois de 4 anos seguidos com chuva no dia 11 de janeiro, esse ano a chuva não deu as caras. Que coisa né? Mas não era só isso, tinha outra coisa. O primeiro dia 11 de janeiro que nós estávamos juntas de verdade. O primeiro aniversário do nosso amor, que eu pude passar, te chamando de minha e sabendo que estávamos namorando. Foi mágico. Acordar em um 11 de janeiro, quatro anos depois de ser enfeitiçada pelo maior amor do mundo, e saber que de tudo o que eu podia ou queria ter, o maior desejo e o mais importante, estava realizado. Eu tinha você pra mim. Eu tenho você pra mim. E eu espero que isso não mude. Em 2013, no dia 11 de janeiro, eu fui trabalhar de óculos de sol e com o maior sorriso no rosto. Eu quero muitos 11 de janeiro ao seu lado.