O tempo vai passando e eu vou percebendo que cada dia é um novo dia e um novo mundo.
Esperar pra ver ou pagar pra ver? A vida é apenas feita de decisões? Ou de escolhas? Ou de momentos? Ou de um misto disso tudo em que a menor vítima é o ser humano? É difícil definir algo que não existe apenas um significado. É estranho pensar em definir outra coisa quando não se sabe definir si próprio.
A definição de mim, qual será? Eu sou impulsiva, estranha, amiga, fiel, agitada, metida, divertida, espontânea, atraente, chata, indiscreta, na verdade nem eu sei o que eu sou. Posso ser o tudo e ao mesmo tempo o nada. Posso ser o amor e ao mesmo tempo o ódio. Posso ser a dor e ao mesmo tempo o alivio. Posso ser a dúvida e ao mesmo tempo resposta. Posso ser um mar de coisas ou uma coisa no mar. Posso ser o tempo perdido ou a perca de tempo. Posso ser a terra ou o céu. Posso ser a chuva ou sol. Posso ser mãe, filha, irmã. Só depende pra quem. Mais acima de tudo sou um ser, apenas mais um na Terra sem propósito e nem significado. E isso não é sequer uma definição de mim mesma.
E o que eu aprendo na vida? Que meus planos e meus sonhos têm que ser meus únicos objetivos? Ou que eu tenho que casar ser mãe e constituir uma família feliz? Mais será que é isso que foi preparado pra mim? Isso eu não sei dizer. Talvez com o tempo eu diga.
E pra onde vamos depois daqui? Pra um lugar lindo? Pra um lugar escuro? Pra um lugar estranho? Pra um lugar feliz? Pra um lugar longe? Pro lado de Deus? Isso eu também não sei. Talvez cada um tenha seu lugar.
E depois de morrer, voltaremos pra Terra? Talvez sim, se você não cumpriu a sua missão. Talvez não, se você já fez tudo o que tinha que ser feito. Talvez você possa escolher se quer ou não voltar. Mais isso eu continuo não sabendo. Um dia quem sabe eu conseguirei provar algo a respeito.
Na verdade, eu não sei de nada. Não sei quem sou, não sei o que é a vida, não sei de onde eu vim, não sei pra onde vou, não sei o que faço aqui.
A única coisa que eu sei, é que eu não nasci em vão.